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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"... chamei-o, e não me respondeu. (Ct 5.6)"

Sabemos que quando Deus dá a alguém uma grande fé, ele a prova por meio de longas esperas. Muitas vezes, ele tem deixado servos seus a ouvirem o eco da própria voz, como se ela estivesse batendo num céu de bronze. Eles batem na porta de ouro, mas ela permanece imóvel, como se estivesse emperrada. Como Jeremias, eles oram: De nuvens te encobriste para que não passe a nossa oração. Assim, os verdadeiros santos têm continuado em longa e paciente espera, sem receber a resposta; não porque suas orações não sejam veementes ou não sejam aceitas, mas porque assim aprouve àquele que é soberano e que concede sua graça conforme lhe parece bem. Se ele acha que convém exercitar a nossa paciência, ele fará como quer.

Nenhuma oração é perdida. O fôlego despendido em oração nunca foi despendido em vão. Não existe oração não respondida ou não ouvida por Deus, a algumas coisas que consideramos como recusas ou negações são simplesmente demoras.

Às vezes, Cristo demora a vir em nosso auxílio, a fim de provar a nossa fé e avivar as nossas orações. O barco pode estar coberto pelas ondas, e o Mestre, dormindo; mas ele despertará antes que se afunde. Ele está dormindo no barco, mas nunca passa da hora; e com ele não há "tarde demais".